Eu adoro viajar, adoro também planejar cada detalhe
minuciosamente, eu sou a louca que lê o guia da cidade umas três vezes, grifa
como se estivesse estudando para uma prova. Quando fui a Paris pela primeira vez tinha
emprestado o meu guia (lido e grifado) para umas das companheiras de viagem,
mas ela esqueceu de levar, só que eu conseguia lembrar de quase tudo e o que tinha
esquecido, o que não lembrava buscava nos meus resumos e procurava no goolgle, porque eu fiz sim resumos
on line e enviei para mim mesma por email, alias muita coisa que eu escrevo
mando para mim mesma, acho que quase tudo, sempre para aquele email
estratégico, tenho dois além do que eu uso para o trabalho.
Então imaginem para alguém que planeja tanto as viagens, o
que é aceitar viagens não planejadas, daquelas resolvidas em um semana ou pior aquelas aceitas de véspera. Para mim não deixa de ser um mergulho de
cabeça em piscina rasa não saber o rumo do final de semana, o roteiro completo,
se jogar no universo que não é o seu e se deixar guiar, fazer mala de ultima hora, isso já me aconteceu
várias vezes e confesso que estão entre as minhas melhores viagens.
Sei que muitas dessas viagens não planejadas, levaram-me a
rotinas não usuais, a mergulhar na cidade do outro como quase moradora, a curtir cada
detalhe que uma cidade pode ter. Eu sempre gosto de ficar um tempo off, mas com
muito rede social para administrar e agora um blog está meio difícil, mas acho
que o melhor ainda é impossível de publicar: sensações, emoções, encontros,
acho que muitas coisas nunca poderão ser traduzidas e publicadas. No entanto, o
que eu traduzo como off neste caso é sair de casa, estar longe de tudo que te é
familiar,isso inclui a casa, o trabalho, os amigos, o ex...ahhhh...quem nunca
curou pelo menos um pouco uma fossa numa viagem de ultima hora???
Não precisa ser com outro, só as amigas já te deixam mais feliz, o riso solto,
as aventuras, até o caminho de volta para casa no carro na estrada é sinônimo
de uma terapia que vai te deixar bem mais leve pós viagem.
Assim eu sigo pegando voos, por exemplo, de mais de três horas na sexta voltando no domingo
só para prestigiar o aniversário de uma amiga, até do filho de outra amiga
também vale a desculpa, vale a alegria de rever
gente que mora no seu coração mas está longe territoriamente. Pego não só
avião, mas também estrada de carro ou de ônibus sozinha para jantar com alguém
e sem nem saber se o fim de semana vai render como gostaria, mas a vantagem de
ter mais de 30 e no meu caso quase 40 é que para ir ao jantar você pagou sua
passagem ou a própria gasolina, até reservou hotel por conta prórpia quando não tem amigas na
cidade e vai tentar viver algo que muitas vezes está mais virtual do que real.
E se muita gente te julga que isso pode não ter o mínimo futuro amoroso, não
vai te garantir casamento, estabilidade de um namoro na sua cidade? Eu sigo me deixando
levar por convites inesperados, vivendo histórias que ficam para sempre no meu
coração. Atravessar a fronteira no meu Estado é ver tudo de fora, é me
reinventar sempre, para isso não precisa ser a viagem mais cara do mundo, mas
vai ser revigorante, não precisa ser uma viagem a dois, mas sempre vai me fazer voltar mais feliz,
mais segura e até o entardecer ou amanhecer da minha cidade vai ficar mais lindo
quando eu voltar, mesmo que tudo esteja nublado. Sou daquelas que se emociona
sempre ao descer do avião, que ama deitar na cama de volta, dou muito valor
para onde volto, mas sei que ver tudo de longe me leva a uma reflexão constante
do meu viver.
Fica meu desejo a voces de romper fronteiras, nem que seja do
perímetro urbano da sua cidade, para que possam ver tudo de longe, vão amar a
experiência de se reinventar em viagens não planejadas!!!
Beijokas, miglos!!!
P.S: Quanto às postagens da viagem do fim de semana no
instagram @naotenhomais30 , ela não foi muito planejada, mas também não
precisei reservar o hotel, qualquer informação escrita acima aqui no blog pode
ser só mera coincidência do que vivi
este fim de semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário